Não, não quero que contornem a pergunta.
É simples, de que cor ela é?
O mundo pode ser interpretado de tantas maneiras.
O modo como vejo é diferente do teu.
São tudo produções dos nossos sentidos.
Atrevo-me a dizer que tudo é demasiado irreal.
Como se, podendo mesmo tocar, não devessemos confiar demasiado.
Sendo assim, como é que teremos confiança nas simples coisas se a própria realidade apresenta-nos recheada de interrogações e falásias?
Toco na suavidade da minha almofada.
Cheiro o perfume da minha pele.
As velas acessas deixam um aroma doce nesta divisão.
Oiço o som de vozes.
A claridade fere-me os olhos.
As pessoas dão-me encontrões.
Sinto o chão nos meus pés.
Até que ponto isto será verdade?
Páro. Escuto. Olho. Deixem-me embrenhar nos meus sonhos e dúvidas. Deixem-me embranhar na minha melancolia e na minha exaltação repentina. Deixem-me. Deixem-me crescer e provar a mim mesma que não sou assim tão má.
Têm duas escolhas ao cruzarem o meu caminho,
Continuam no vosso e não fazem caso ou
Partilham comigo parte das minhas vivências, aprenderei com vocês, sem dúvida, e nunca vos colocarei de parte.
Um novo ano a acabar (depressa, finaliza!).
Uma nova etapa a começar.
Tempo para respirar? Inspirei profundamente, tenho mesmo assim medo porque vejo que tudo é demasiado grande para mim mas . . .
Não posso ser picuinhas, nada me vai derrubar, abalar até pode, mas nunca deixar-me cair. O mundo fora daqui é outro mundo, o mundo fora daqui é cruel e enorme aos nossos olhos.
Força psicológica e acima de tudo, Confiança em Nós Mesmos!
Vem, não tenhas medo. Dá-me a tua mão, caminharemos juntas Ana.