Cerca de nove meses depois, chega a saudade, chega a saudade de dias em que o teu próprio ser se libertou, dias em que descobris-te coisas novas. Chegou os dias que não queres partir, sentes-te ligada a este pequeno lugar, àquela pequena escola que tantas vezes te deixou intrigada, sentes-te ligada a uma terra que desde sempre nunca quiseste estabelecer qualquer ligação.
Sentes-te ligada a pessoas, a lugares, a feitios, a cheiros e rotinas.
Sinto-me cheia de saudades.
Nestes dias a frase tem sido, "É a(o) última(o) . . . do secundário."
É o observares de longe todos os acontecimentos e guardares ao máximo cada sorriso, cada expressão, cada palavra, cada conversa porque eu sei, nada irá ser igual.
É o perceberes que agora até podias estar mais um ano, é agora que dás sentido a esta realidade em que vives-te. É olhares para as pessoas e pensares para ti: "Não desapareças, que a tua presença permaneça igual."
É o queres, a cada momento, absorver tudo o que te rodeia com toda a força que possuis.
Encontro-me, de momento, a ser puxada por duas forças contrárias incríveis,
Uma liga-me a novas descobertas, novos ambientes, novos factos e realidades.
Outra liga-me ao meio em que estou.
Novo ciclo. Este está a acabar.