Dizem que por vezes estou neste mundo, que sou real, que sou uma estrelinha. Sinto mas não me sinto aqui.
Sim, talvez seja mais que isto, talvez todos nós sejamos mais que uma simples espécie neste mundo. O dia faz-me confusão, a noite, a escuridão faz-me perder nos recônditos da mente. Se sou frágil? Só nos sonhos em que uma pequena nuvem deixa-me cair. Se choro? Só à frente de quem é capaz de olhar para mim, profundamente, e compreender as lágrimas em apenas um relance. Se falo? Só com quem confio.
Tu, Ele, Ela, Vós, Eles, Elas . . . Os outros, sempre os outros . .
E Eu? Houve dias em que chorei, ri e apenas quem compreendeu fui eu. Existem e existirão dias em que quem me dá a mão sou apenas eu. "Se eu não me levantar ninguém me levanta.". Existirão dias em que percorrerei ruas e avenidas apenas na minha companhia, recorrendo a imagens e interpretações feitas por mim. Se me consigo expressar? Não.
(Tu sabes, tenho medo...)
Vou ser mais forte que tudo, vou guiar-me, traçar percursos... Vou dar continuidade à minha história, porque toda ela é a justificação para os meus actos, desde o meu primeiro grito à última palavra dita. Vergonha? Só se for de, por momentos, não a querer e dizer-lhe: "Foge de mim!"
Eu não preciso que me compreendas, deixa... Eu mesma compreendo.
O que sou eu?
Como sou?
O que tenho?
O que posso esperar de mim?
A minha procura constante irá compensar-me.
Procurando.
Após um exame feito, que correu bem, há ainda outro por fazer. O tempo é pouco, muito pouco para vir cá e deixar a marca que gostaria mas, melhores tempos virão.
O tema da composição?
Liberdade. Liberdade de Ser, Liberdade de Pensar, Liberdade para Sermos cada Um de Nós.
Para finalizar bem o ano, composição adequadíssima.
Agora? Matemática.