Pensamentos Imperfeitos

Julho 28 2009

Um segundo, um minuto, horas passam e tudo fica na mesma. O quarto na penumbra, as estrelas brilhantes lá em cima, a música toca num mecanismo já habitual e monótono. Caem lágrimas, doem os olhos, a dor de cabeça vem, os pensamentos lógicos retraem-se, o desespero instala-se, a coerência foge de um mal repentino, a posição fetal vem para me proteger.


O que és? Não sei, sei apenas que vieste.


 

 

Talvez se desistisse de lutar, talvez se apenas me lixa-se. Cansei-me sabes disso.



Sim, tudo parece simples e pouco difícil de completar, mas se me explicassem porque é que tudo se torna tão grande na minha cabeça até agradecia. Eu sei que sou mais forte que isto, eu sei, mas estar a porra de todos os segundos a aguentar, a superar, a ultrapassar, a ganhar constantemente vitórias e ao mesmo tempo derrotas é cansativo. E não me perguntem se já estou melhor, ou se ainda faço isto ou aquilo, se penso ou não penso, prefiro que não me perguntem. Eu vou indo não vêm? Uma rapariguita normal de um lado para o outro.



Desculpa Mãe por não te ter respondido.

 

 

 

Promete que ficas mesmo a meu lado e não me largas.


Julho 27 2009

 

Esperaria acordar hoje de manhã, bem cedinho, tomar o meu banho e vestir-me confortavelmente para um novo dia com vocês... Depois seguia-se um bom pequeno-almoço, sim porque é preciso muita energia para vos aguentar, e preparar a mochila... A toalha, os bens essenciais, a garrafa de água e a lancheira. Olhar o relógio e pegar nas chaves, despedir-me dos meus pais e sair de casa... Dirigir-me à bomba de gasolina onde estaria a minha boleia e as companhias incríveis que me acompanhariam ao longo do dia... Um "Bom Dia" recheado de sorrisos e entusiasmo, transmitindo força ao mesmo tempo... E aí seguíamos nós para um novo dia, uma nova aventura, novas coisas a descobrir...

 

 

 

Sim já tenho saudades vossas e apenas passou três dias... Quero os vossos abraços, ouvir a vossa fala e até mesmo as birras insuportáveis... Quero o "não piu" e o "oh caraças" do pequeno André, o riso tímido do outro André ao meter-se comigo, as conversas sem fim da nossa companheira Vera, o sorriso delicioso do Bruno, as cócegas da Mariana, as birras e amuos da Natália, o riso provocador do João, o pirralho Afonso sempre de um lado para o outro, os três que não se separam e que só às vezes é que os aguento, até da menina Alice que tenho algum receio, quero olhar para a sua face e tentar desvendar cada curva da sua expressão, tentar perceber o que me quer transmitir... Quero-vos a todos novamente...

 

 

Ainda me está na memória meu pequenino André, o nosso Buda, aquele dia em que chatei-me contigo a sério, mas mesmo a sério, e que no fim, depois de tudo, dirigiste a mim e sorriste daquela maneira em que as covinhas das bochechas se acentuam, e deste-me um grande beijinho!

 


A melhor experiência sem sombra de dúvida !



Alegraram-me os dias, fizeram-me sentir útil, agora é hora de partir para outra aventura certo?

 

 

 

(Vá Ana, não desistas, agora não... Acho que amanhã vou apanhar um valente puxão de orelhas! =S )


Julho 22 2009


Eu passo e olham-me, desvio o meu olhar, não quero que o captem, é só para quem merece. Afinal o que é que eu tenho? Vá, digam-me. Emito luz? Emito conhecimentos assim só de vista? Estou mal penteada ou mal vestida? Tenho alguma coisa de mal? Pressentem coisas más ou boas? Porque é que olham?

 


Eu queria que não olhassem dessa maneira, não gosto portanto vou desviando o meu olhar, até ao dia... Até ao dia que captarás o meu olhar e não vou conseguir desviar, irás olhar por dentro e decifrar, vais provocar em mim a vontade saciante de querer conhecer-te e descobrir, vais provocar-me, tu sabes, tu conheces-me como ninguém...



Enquanto não tenho tempo para ti, enquanto o próprio tempo passa eu vou restabelecendo-me, vou encontrando a paz, a tranquilidade e o equilibrio. Tem de ser, se viesses já também não seria a altura mais correcta.



 


 

Estabelecer objectivos? Simplesmente sinto-me bem a ajudar os outros, a ouvi-los e conseguir que saiam um pouco da realidade restrita em que se encontram e encontrem outro caminho, não me sinto mal, não, em escolher este caminho. Já não me custa ouvir e ver as caras de desapontamento, não, simplesmente agora o que me deixa atrás sou eu. Não sei se conseguirei percorrer esse caminho que tanto anseio, acho-me fraca. Não sei se tenho estofo, se já cai então será mais fácil ter sucessivas quedas.


 

 

Tenho dias que sou a pessoa mais positiva, outros que simplesmente não acredito em mim.

 

Está quase e tenho medo.


Julho 19 2009

Um dia à chuva fiquei, estagnei os meus pensamentos e disse que seria a última vez, disse que era a última vez de tudo. Chegava de abraços apertados ou beijos carentes, de sorrisos infinitos e de partilhas únicas. Chegava. Ninguém o sabe mas farto-me rápido das coisas e à chuva deixei-me ficar. Deixem-me ficar encharcada, deixem-me sentir frio, deixem-me chorar até não poder mais. Não quero que venham e abram a porta, não quero que escutem e perguntem "Porquê?". Não. Sabem que não quero, sabem ou não que escondo, não gosto, cada um tem as suas coisas. Eu estou perto de vocês, eu vivo com vocês, eu estou cá e não lá, eu fiquei... Dizem-me que passará e que mais tarde será muito melhor, que não precisarei de nada disto, eu acredito. Afinal não é o que tenho feito até hoje? Acreditar que um dia o sol virá e não me incomodarão os seus fortes raios, acreditar em mim e de como ultrapasso as coisas. Às vezes até custa acreditar que estou melhor, não me quero lembrar ou pouco tenho de lembranças. Eu só queria que o silêncio viesse e o bater do meu coração parasse de andar aos saltos ou naquela inconstância habitual. Farta de alterações repentinas e sem as perceber, farta de por vezes não conseguir expressar o "Socorro!", apenas um sorriso e bem estar prevalece.

 

 

Hoje dás-me a mão?

 

Estou insegura, insegura de tudo e de todos. Quero que desapareças insegurança, deixa-me viver sem medos ou receios.

 

 

Hoje vamos falar Cherry, falar e falar, rir e mais rir. Ao pé de ti sinto-me bem.


Um pequeno canto, sabes aquele sitio ? Como é que explico . . . A tua pequena bolha que te separa do mundo na qual pensas, reflectes, sais de ti . . . Voas ! Quando te sentes verdadeiramente livre.
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