É mesmo assim. Tantas mas tantas vezes que o silêncio nos penetra de modo profundo. Esquecemos o mundo, esquecemos como se fala. Não queremos ouvir nada.
Desejamos Simplesmente Que o Mundo se Cale Para Conseguir Ouvir a Nossa Mente.
Quantas vezes é tanto o barulho que eu não me consigo concentrar em mim mesma? São ruídos de fundo que nos penetram os tímpanos, são revoltas exteriores, discussões, conversas fúteis que conseguiram de algum modo provocar em nós alguma sensação, são preocupações desnecessárias para o nosso rumo... São stresses mal medidos.
É aquele aperto não no coração, mais profundo ainda, onde dói e com força. Esse aperto por vezes, em mim, tende a durar dias e dias. Não sei a razão.
Disse à pouco tempo, "Talvez o meu problema seja pensar demais.".
Devido a uma vez ter perdido o rumo de tudo, tenho medo de perder este. Estou sempre tentando focalizar a essência da vida, que outros detalhes que nos "contagiam" não me façam perder o caminho.
Por vezes não consigo e deixo-me levar, mas tenho a plena noção e consciência de onde me meto e que a determinada altura tenho de sair.
"Respiro, páro e penso para saber o que é melhor."
É isso Inês, ainda não tenho confiança em mim, não me sei dar valor, aos poucos vai lá. Por muito que pareça contrário já me disseram que o facto de pensar sempre que os outros não gostam de mim, que sempre que dizem algo é para me mandar ao chão, e não acreditar quando dizem "Tens valor." não é por falta de confiança em mim mas sim, exactamente, nos outros. Acho que é um pouco dos dois.
Por vezes prefiro ficar em silêncio e pensando à minha maneira com medo que as minhas ideias sejam barbaridades nos ouvidos de outrens. Gosto de falar e pensar, gosto de expressar o meu modo de vida mas apenas com quem merece e com quem tenho a tal "confiança".
Fiquei em Silêncio Cerrado durante, talvez, demasiado tempo. Estragou-me, corroeu por dentro. Nada é irreversível, é isso que ponho em prática, nada está perdido mesmo nos últimos casos.
Há silêncios que não são bons outros até, na minha prespectiva, contrários, tendo a função de conservar o que de melhor achamos ter.
Há silêncios que perdi.
Muitos até. Não consigo guardar para mim.
O que é que acho?
Foi a melhor coisa que fiz até hoje, foi o melhor que perdi.
Dizem que mudei. Es verdad. E ainda bem.
Agora pensem comigo, recuem quem me conheceu antes...
Uma margem de um simples ano !
Foi com esforço, foi com luta, foi cair e levantar vezes e vezes sem conta, foi não desistir. Foi pensar sempre que haveria algo de bom ao fundo do túnel.
Esperança?
Sim.