Pensamentos Imperfeitos

Agosto 02 2009

 

Após a extensa tarde, de um lado para o outro na baixa, fui para a estação e pedi o bilhete para o próximo comboio. Esperei, sentada, pelas 4h20... De um lado para o outro as pessoas vinham, umas apressadas, outras nem tanto. Estavam também lá jovens da minha idade, de mochilas às costas, pranchas de surf, iam acampar... Não eram de cá, vinham do norte. Se me apetecia isto? Nem pouco mais ou menos, lá fiquei no meu mundo... Dirigi-me, quando eram já horas, para a linha três e entrei na primeira cabine. Sentei-me e olhei em frente. Lá estavas tu... Despertaste logo a minha atenção pois, no teu colo, possuías um caderno, estavas de lápis na mão, pensativo preenchias páginas com a tua escrita. Nessa altura desejei ir ao pé de ti e perguntar-te o que tanto escrevias... Olhavas para qualquer lado, como se procurasses respostas ou inspiração, depois concentravas-te novamente no caderno... Eras mais velho que eu mas durante alguns instantes observei-te. Estavas sozinho e isto parecia ainda te preencher e iluminar. Não sorrias, mas pelos cantos da tua boca notava-se um leve sorriso. Num momento levantaste-te e foste á janela, afias-te o lápis lá para fora...

 

 

Enfeitiçaste-me e deixaste-me tranquila... Pensei para mim: "Afinal ainda existem!"

 

 


Julho 12 2009


O vazio é terrível, ameaçador e assustador. De volta de uma cadeira, ficando em posição de ovo, olhando para o nada e pensando no além. Vá, vê lá se vens e deixas-te de estar novamente. Farto-me tanto que nem imaginas, porque é que não enches a minha cabeça, porque é que não a fazes pensar? Porque é que simplesmente agora não há nada, porque é que deixou de haver? Fiz-te mal foi?


 

Estou-me a borrifar, eu continuo, pode não ser com a mesma energia de sempre, mas um dia destes vais-te cansar, vais-te cansar de andar atrás de mim, empurrando-me para o lado, esperando que me desvie e caia, que pare com a minha vida para te ouvir. Só para me fazeres mal.


Sinceramente já não sei o que te diga, nem o que faça. Cansas-me é só isso. Se tens nome? Já me deram tantos que podia agora com todas as letras inventar um novo, uma mistura, sim porque és único, só meu, moras em mim.



Já te disse que não paro, já te disse que não me encosto, e até agora é o que tenho feito por muitos bichinhos que me ponhas na cabeça, por muito que me faças chorar e sei lá mais o quê. Continua vá, faz-me frente!

 


Vou continuando, nós já falamos mais logo.


Junho 26 2009

 

Não sei se são insónias ou o terror à flor da pele, não sei se devo pensar nesses pensamentos ou tentá-los afugentar como normalmente faço. Não sei se dói ou continua a derramar lágrimas, não sei o que é, um misto talvez?

Pois, às vezes vem esta nostalgia, melancolia talvez. Vem e recai sobre mim como se uma capa preta se tratasse. Sim, odeio por vezes todos estes pensamentos positivos que transporto para aqui e para o meu dia-a-dia, odeio na pessoa que me transformei e odeio a pessoa que era, por vezes sim odeio tudo. Desde à natureza ao resto das pessoas, desde o conceito fabuloso de viver, ao contacto com os outros e novas experiências. Por vezes volta a "Ana", e começo a ver o mundo à sua maneira. Não tem piada, nada mexe ou transporta alegria, são apenas conjuntos mal feitos por alguém que ninguém sabe, é lixo pisado, torturado e mal reciclado. O que a move? O nada, o fim, a questão intermitente de "O que é que estas pessoas fazem todas aqui? Burras, não vêm ridicularmente nada!". Não quero falar ou desabafar, deixem-me, deixem-me estar com o meus botões e lamúrias idiotas e sem sentido, pode ser que volte, que volte o ciclo, aquele, infindável e difícil de passar. Eu, agora, penso muitas vezes que sou alguém mas, estou errada, movo-me assim porque se não me mover como é? Não sou nada e nada faço, sou inútil aos olhos dos outros e toda a filosofia de merda que me segue é apenas isso, merda pura e crua! Desculpem o termo, deculpem eu ser toda positiva e tal, desculpem eu sorrir e ver coisas bonitas, vejo mal? Pois, já não sei se foi uma forma de me defender da verdade. Odeio, odeio tudo.

 

Não e eu não choro, não choro porque a Ana é feliz, a Ana consegue tudo, a Ana é forte e rege ventos fortíssimos e abre um caminho ao longo do mar.

Mentira.

Sim, sinto-me agora cansada com falta de forças, não foi culpa de ninguém apenas sou eu, eu sou o problema sério da minha rotina, da minha existência. Eu não devia ser assim ou pensar como penso. Não devia, devia conseguir partilhar isto, a beleza de viver, com quem precisa e não consigo. Devia estar como muitas pessoas, com falta de esperança nisto, na merda de mundo, sociedade em que vivemos. Devia de ser tão mas tão negativa. Devia não acreditar em mim, nem um pouco de confiança. Sim Ana, porque um dia vais cair, chapa no châo.

Sim, porque no fundo ainda está lá o bichinho: "Isto é uma porcaria!"

Cansei-me, quase desisti... Então Ana és forte ou não? Pois, parece que já sei a resposta!

(desabafo, um grande desabafo, pensamentos, palavras que não saem da minha cabeça. Desculpem!)

Isto passa, como tudo, simplesmente passa e vai.

 


Maio 14 2009


Numa esfera viva de movimentos e rotações de 360º, a minha vida gira.

 


A minha vida gira como a tua também, e como da pessoa a teu lado.

Olha-me. Diz-me um segredo teu, responde-me, Ouve-me.


Longe? Não querido, estou perto. Deixa-me enrolar nas redes, deixa-me ser arrastada pela corrente, deixa-me. Solta-me e preocupa-te menos. Quero mas não te quero. Não te desprezo, não te falo incorrectamente, sou simples à minha maneira e simplesmente sorriu quando me apetece, da maneira como me apetece. Choro? À tua frente, nas tuas costas, quando nem sonhas.

Não escondo nada de ti, digo que sou transparente.


Sou como a àgua do mar, transparente mas é exactamente nessa altura que está mais fria. Talvez mais coexistente e segura, na minha maneira de pensar.


Agora deixa-me voar e libertar-me das tuas mãos. Deixa-me conhecer primeiro a mim. Deixas? Claro que sim.


Para alguém, sinceramente não sei. Apeteceu-me apenas.... Dizê-lo !


Balanço positivo!

Ondulo como as ondas, para cima e para baixo, ondulo.


Hoje vou ver David Fonseca e Klepht está dito.

publicado por Bolha às 19:37

Um pequeno canto, sabes aquele sitio ? Como é que explico . . . A tua pequena bolha que te separa do mundo na qual pensas, reflectes, sais de ti . . . Voas ! Quando te sentes verdadeiramente livre.
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